O cansaço já me abatia as pernas, pois estava nessa agonia desde cedo. Já eram quase 15h, e eu continuava ali em pé. Parei e comecei a refletir o que leva uma pessoa a ficar horas em frente a um computador para fazer uma inscrição, e quando esta quase se completa, o sistema cai. Mas ela não desiste. Quando consegue, vai para a 2° etapa, que é pagar a taxa ou pegar a isenção. Nessas duas formas, vai ter que enfrentar uma fila enorme.
E senão bastasse, será preciso se preparar muito para tentar uma boa colocação, a fim de ser selecionado, pois as vagas geralmente estão muito abaixo do número de inscritos. Mesmo com tanta dificuldade, ninguém desiste, e cada vez mais aumenta a procura por concursos públicos. A pessoa passa por essas etapas e, muitas vezes, não conseguir entrar.
O sonho de uma estabilidade profissional, de um emprego seguro em uma crise de desemprego que o nosso país atravessa nos leva a buscar um caminho “mais fácil”? Pude perceber naquela fila que não estamos bem qualificados, pois o mercado de trabalho está ficando cada vez mais exigente. Em pleno ano de 2008 ainda existe um numero considerado de analfabetos, pessoas que não sabem nem ao menos ligar um computador; cursos profissionalizantes poucos têm.
Mas mesmo com pouca qualificação, sonhamos com algo melhor, e isso já é o começo. Pois o nosso futuro só depende de cada um de nós: querer melhorar e buscar esse aperfeiçoamento.
Tamires de Souza & Maria Elizabete (Turma: 3003)
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