quinta-feira, 8 de outubro de 2009
A importância do Intercâmbio para a carreira profissional
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
O cyberbullying e suas conseqüências
GRAVIDEZ FORA DE HORA
Prevenir-se não é só usar a camisinha ou se medicar mensalmente. O importante é o uso da camisinha para evitar ou transmitir qualquer tipo de infecção ou doença sexualmente transmissível e uma gravidez “fora de hora”. O mais importante é o uso dos dois, ou seja, a camisinha e o medicamento conhecido como ANTI-CONCEPCIONAL, que usado corretamente com prescrição médica, é 100% eficaz.
A sexualidade deve ser vivida com responsabilidade. Uma gravidez inteligente é a aquela em que a geração de uma vida passa pelo planejamento. Um filho ou filha não pode ser somente uma “coisa” que se põe no mundo. O respeito pela criança pressupõe o respeito dos futuros pais a si próprios. É justo para essa nova vida ser abandonada por um pai e sofrer os maltratos de uma mãe infeliz?
Então meninas e meninos, não adianta vir com aquela velha história: “esqueci” ou “eu não sabia”, pois os adolescentes que realmente querem terminar seus estudos e ser independentes devem ser inteligentes e responsáveis. Conversem com uma pessoa mais experiente, pois ela sim poderá te dar um conselho; e procure um médico para um acompanhamento mais detalhado, para evitar grandes surpresas no futuro. Por vezes, esperar a hora certa também pode ser o remédio mais eficaz contra a irresponsabilidade.
O LEGADO DE MACHADO DE ASSIS
De origem pobre e escrava, Machado poderia ser apenas mais um no cruel jogo das rígidas posições sociais de sua época. O desafio a um esquema previsível de exclusão permitiu ao autor uma travessia de inconformidade e análise das artimanhas políticas e morais de uma sociedade incapaz de uma auto-análise construtiva. Suas crônicas, por exemplo, mais do que um retrato de época, focalizam, com jocosidade e ironia, as contradições de uma cidade que mistura a alegria dos blocos carnavalescos e o abandono à sorte dos escravos libertados. Já nos romances e contos, a elucidação das contradições sociais estão acompanhadas de um olhar mais detalhado sobre os movimentos internos do indivíduo. Dúvidas, sonhos, teorias, fracassos e alegrias surgem em meio a grupos que supervalorizam o costume e a aparência. Alguns personagens de Machado revelam sujeitos cujos atos e pensamentos nem sempre enquadram na moldura do gregarismo alienado. Esses indivíduos (loucos, visionários, ciumentos, golpistas) surgem na diversidade do corpo social e tornam manifesto o mal-estar tácito entre indivíduo e coletividade.
Esse olhar crítico em direção às contradições humanas aparece em grande medida ancorado em saberes eruditos, conforme demonstra a intertextualidade de sua obra. Não se trata de uma mera repetição de grandes pensadores. Machado consegue um diálogo que promove a criatividade estética e reflexiva. Seja nas releitura de Lawrence Sterne, Dante Alighieri ou da Bíblia, o escritor brasileiro convoca esses pensamentos à sua maneira. Da eventual distância entre passado e presente, erudição e empirismo, Machado constrói uma ponte que documenta as atitudes de uma época que naturalizava o descaso e a rigidez hipócrita dos costumes e das demarcações hierárquicas. Suas análises atuavam como uma ferramenta de exposição e denúncia, aliando saberes e construindo novas formas de pensar.
Esse espírito crítico e erudito marca a importância de Machado de Assis um século depois de sua morte. Sua herança é uma atitude que convida homens e mulheres de hoje a essa observação cuidadosa da cidade e de seus movimentos, da sociedade e da relação do indivíduo com esta. Nos tempos atuais, em que o prestígio do saber sucumbe aos laços da mediocridade e da alienação, a escrita do pensador Machado instaura a renovação da necessidade de reflexão. Isto porque o Rio de Janeiro ainda convive com suas mazelas. Em meio à correria do grande centro, adultos e crianças condenados a sobreviverem como restos invisíveis da sujeira urbana e humana; escravos do lucro e do ritmo fast-food, os apressados transeuntes, sem tempo de ler e pensar reflexivamente, ignoram a si mesmos e aos outros. Vive-se hoje em uma cidade abandonada pelo poder público e ignorada por grande parte dos seus: subúrbios entregues ao esquecimento, um cais do porto (entrada marítima e turística) sujo e mal cheiroso, um centro com praças mal cuidadas e ruas (de placas novas) com calçadas antigas e esburacadas. Como se pode notar, talvez, ainda mais do que antes, a herança de Machado de Assis é indispensável a este século de velocidade e desinteresse.
Portanto, discutir a importância de Machado de Assis hoje é refletir sobre a capacidade de superação do ser humano em prol da conquista do pensamento crítico e do espaço social. Como mostra o exemplo do escritor, as barreiras sociais não são definitivas para a reclusão do vigor reflexivo. Sua impertinência em relação às convenções naturalizadas e sua entrega ao aprendizado e à experimentação racional e estética foram combustíveis de sua escrita desafiadora. Machado une esse exame atento das condições humanas ao conhecimento conceitual e histórico, a fim de trazer à baila a eficácia do saber e da proximidade deste com o indivíduo. Um século depois de sua morte, Machado de Assis ressurge como um pensador capaz de ultrapassar o seu tempo e chamar a atenção de todos que hoje em dia estão indiferentes à desordem em meio a aparentes conjunturas individuais e sociais.
domingo, 28 de junho de 2009
Homofobia
Muitos vêem o homossexualismo como um bizarrismo, uma doença. Muitas pessoas acham que são normais por serem heterossexuais e, por isso, discriminam os homossexuais. Os homossexuais também são pessoas, dignas como quaisquer outras. Seus gostos pessoais não justificam o sofrimento causado pelo desprezo ou pelo ataque insensato a eles.
Nascemos, crescemos e vivemos como todos vivem, apenas buscando a felicidade. Não se deve discriminar ou julgar uma pessoa por aquilo que a faz feliz, mesmo que esta felicidade venha de algo que seja diferente.
Devíamos apenas enxergar isso como uma “diferença qualquer”, diga-se de passagem. Não é errado ser diferente, é? Errado é a pessoa alimentar um preconceito irracional contra aquelas que jamais fizeram algum mal para os outros.
Fábio M. de Oliveira (Turma 3003)
José Elias (Ex- aluno da turma 3002)
Escola e formação: fugindo da concepção mercantilista
Vivemos em uma sociedade que não valoriza o estudo. No Brasil, freqüentar os bancos escolares significa para a maioria dos estudantes apenas uma forma de ascensão profissional. O que importa é “passar”, conseguir o diploma, para que, dessa forma, se possa alcançar um posto almejado, um emprego melhor. Evidentemente, desejar melhorar as condições econômicas não é um mal. Todavia, quando o estudo se torna apenas um meio de ascensão profissional, o aluno se esquece do grande objetivo da educação: a formação. Mas o que significa se formar? Qual a implicação que esse “grande objetivo” traz para o dia-a-dia das pessoas?
O artigo 205 da Constituição diz que a educação é direito de todos e dever do Estado, e acrescenta: “visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.” Essas três metas também estão expressas no artigo 2º da lei 9394/1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Observa-se, assim, que tanto a Constituição quanto a LDB reconhecem a importância da relação entre educação e trabalho. Contudo, é fundamental chamar a atenção as duas outras metas em ambos os textos: o pleno desenvolvimento da pessoa e o exercício da cidadania; objetivos esses que são anteriores à “qualificação para o trabalho”. Portanto, esses essenciais artigos demonstram que a educação não é somente um caminho para o emprego. Ela objetiva formar pessoas, prepará-las para escolhas que atingem suas vidas tanto no plano pessoal quanto no plano político (cidadania).
Como se pode ver, nossa legislação traz um entendimento amplo do valor da educação, compreensão essa que não vigora na mentalidade de grande parte dos estudantes. Muitos saem da escola com uma formação precária, porque durante os anos de estudo se recusaram a ampliar seus conhecimentos e valores. Tais alunos desejam apenas o prazer imediato advindo de um bom salário. Esquecem-se de que antes de um bom salário, é preciso saber fazer boas escolhas, a fim de que se tenha qualidade de vida; esquecem-se de que para viver bem em sociedade é essencial praticar alguns valores, como respeito e solidariedade. No plano político, o conhecimento e a leitura de mundo tornam-se elementos-chave para uma tomada de decisões consciente.
Portanto, é urgente que haja uma grande mudança na concepção mercantilista da educação. Estudar não é sacrifício, mas um modo de ser; é o instrumento basilar para a realização do indivíduo e do corpo social. Formar-se é construir-se como pessoa capaz de escolher, de viver de forma responsável em uma sociedade que precisa cada vez mais de indivíduos éticos. É ter consciência que a escola é o importante caminho de um desenvolvimento que continua até o fim da vida.
Pense no assunto. Essa mudança de pensamento não seria o grande presente que vocês alunos poderiam dar a si mesmos e aos professores?
Prof. Hudson dos Santos Barros - Literatura